História

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No dia 25 de maio de 1960 iniciava-se oficialmente a luta dos Gráficos de Jundiaí, liderados pelo companheiro Jurandir Marcelo, os gráficos se organizavam desde 1958, através da Associação dos Trabalhadores Gráficos e já nessa época grandes discussões eram realizadas.
Os trabalhadores já discutiam a redução de jornada de trabalho, piso da categoria, vários itens que temos hoje na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho).

O movimento sindical de Jundiaí, já tinha grande tradição. Os trabalhadores das ferrovias já tinham realizado grandes greves, os metalúrgicos já estavam bastante organizados, já existia na época um movimento intersindical, bastante articulado, e os gráficos de Jundiaí também se inseriam neste contexto.

Em 1983 os gráficos entraram em greve, por melhores salários a categoria se mobilizou. Trabalhadores de várias gráficas de Jundiaí cruzaram os braços, lutando por melhores salários e ampliação dos direitos, a greve se estendeu por uma semana e foi julgada legal. A maior conquista, além da pauta de reivindicações, foi a união e consciência que os gráficos adquiriam naquela luta. Entre 1993 e 1994 mais uma vez os gráficos de Jundiaí paralisaram as atividades, trabalhadores das empresas Araguaia, Jund Alfa, Globo e outras param suas atividade e lutam por aumento salarial e o fornecimento de cestas básicas, item que até hoje faz parte da nossa CCT.

Em 1994 acontece um grande retrocesso para classe trabalhadora, Fernando Henrique Cardoso com seu projeto Neoliberal, ganha as eleições e promove uma grande ofensiva contra direitos da classe trabalhadora. Grandes privatizações são feitas em vários setores no setor financeiro, de energia, telecomunicações, a Vale do Rio Doce, até a Petrobras correu o risco, enfim, a nossa luta passa a ser contra o projeto do Estado Mínimo.

Também nessa época, o setor Gráfico passa por uma grande transformação, a abertura de mercado que se iniciou na era Collor, gerou uma invasão tecnológica no setor, máquinas que operavam com quatro trabalhadores passa a operar com  metade, setores como fotolito, foram desaparecendo com a chegada de equipamentos. Enfim, a classe trabalhadora passou por momentos difíceis naquela época. Por causa das políticas neoliberais e as flexibilizações feitas pelo governo tucano, os brasileiros amargam enormes índices de desemprego, a classe operaria passa a lutar pela manutenção de emprego e contra o arrocho salarial.

Em 2002, a classe trabalhadora não aguentava mais tanta miséria dos anos duros do governo FHC, achataram demais nossos salários. A cartilha imposta pelo FMI não servia mais para o Brasil.

Surge uma nova esperança, um trabalhador metalúrgico grande líder da classe operária, mais uma vez concorre as eleições e é eleito no segundo turno, paralelamente os gráficos elaboram um pauta unificada para a campanha salarial, sindicatos deixaram as divergências de lado e uniram-se em uma única bandeira, a bandeira dos gráficos. Foram várias assembleias no ABC, São Paulo, Jundiaí, Bauru, Guarulhos, Osasco, Santos, Sorocaba e Piracicaba e as nossas principais reivindicações era aumento real, avanços na convenção coletiva, redução de jornada de trabalho, contra o banco de horas, e o fim do arrocho salarial.

Em 2003 grandes mudanças acontecem nos gráficos de Jundiaí, um grupo de diretores assumem o comando da nova diretoria com propostas inovadoras. O objetivo principal é a luta no chão de fábrica. O sindicato começa uma ofensiva no intuito de organizar os trabalhadores. Grandes assembleias são realizadas e o número de associados é ampliado em mais de 500%.

Embalados pela retomada do crescimento da economia, os gráficos começam a luta pela recuperação dos salários que foram dizimados nos governos anteriores, as negociações são fechadas com aumento real e as categorias voltam a discutir a redução de jornada de trabalho.

Um grande sonho se concretiza, em 2006 os gráficos de Jundiaí inauguram sua nova sede social, um marco de responsabilidade administrativa. Também são inauguradas, as subsedes de Caieiras e logo depois de Cajamar.

As ações continuam. Trabalhadores da empresa Calcografia entram em greve por atraso nos salários, FGTS entre outros problemas. Também aconteceram greves, na Editora Três, Gráfica Unidas, Jornal de Jundiaí, Jornal da Cidade, e na Gráfica e Editora Oceano, além de muitas paralisações-relâmpago, todas por melhores condições de trabalho, cumprimento da legislação e ampliação dos direitos.

Enfim, o sindicato toma uma postura diferente, mais combativa e muito mais participativa na luta operária e bastante solidária com os movimentos sociais. Os gráficos passam a ser uma grande referência para outras categorias, sempre prontos para a luta.

A sede e subsedes dos gráficos se tornaram espaços de debate e encontro de vários movimentos. Essa estrutura solidária contribui com a luta de vários outros sindicatos, e organizações populares reafirmando que a filosofia de sindicato cidadão deixa de ser um bonito discurso e se torna prática do cotidiano.

Em 2011 foi realizado um antigo sonho a aquisição de uma colônia de férias em Itanhaém, litoral Sul, que foi nomeada como “Recanto dos Gráficos”, atendendo desde então todos os associados e seus dependentes com uma ótima infraestrutura

Em 2013, outro fato que marca o histórico de luta dos gráficos é a realização da Campanha Salarial daquele ano de forma independente, por não concordar em alguns pontos da pauta trabalhista elaborada pela FETIGESP (Federação dos Gráficos do Estado de São Paulo). E o STIG Jundiaí obtém sucesso negociando diretamente com o Sindicato Patronal (SINDIGRAF), fechando as negociações daquele ano com aumento real e avanços em cláusulas sociais da CCT. A partir daí, a diretoria do STIG Jundiaí ganha respeito entre os gráficos do Estado de São Paulo e lidera as negociações da Campanha Salarial Unificada do ano seguinte.

Junte-se a nossa luta!