PISO DO GRÁFICO PASSARÁ DOS R$ 2 MIL E SALÁRIOS SUBIRÃO 8,83%. PLR CRESCE 7%. CESTA BÁSICA E TODOS DIREITOS SEGUEM VÁLIDOS

O menor salário do gráfico chegará a R$ 2.071,05 em janeiro/2023, após a aplicação da parcela complementar do reajuste de 8,83% definido pela campanha da categoria, liderada pelo Sindigráficos. Pela proposta referendada pelos gráficos durante a assembleia no sindicato na segunda-feira (19), ficou definido o aumento salarial de 8,83%, parcelado em 2X, sendo 5% a partir de setembro/2022, e mais 3,65% a partir de janeiro/23 sobre o salário já reajustado agora em setembro/22. Assim, aplicando tais percentuais, de setembro até dezembro, o piso dos gráficos sobe para R$ 1.998,12, até chegar ao valor superior dos R$ 2 mil em janeiro/23. Apesar da crise atual, ainda foram mantidas as duas parcelas da PLR e conquistado até seu reajuste de 7%, bem como a continuidade da cesta básica mensal até agosto de 2023, além de todos os demais direitos da Convenção Coletiva da categoria.
O Sindigráficos, nas circunstâncias em que os trabalhadores enfrentam com a carestia, desindustrialização, desemprego e com os empregos precários pela reforma trabalhista, avalia que o resultado da campanha salarial foi positivo, pois conquistou até a volta do reajuste da PLR após 8 anos congelada, além da pauta de reivindicação definida pela categoria. A cesta básica mensal continua até agosto do próximo ano, importante para enfrentar a carestia. Também foi mantido por mais um ano o valor do adicional noturno maior, de 35%, e outras dezenas de direitos acima da CLT. O piso salarial também foi outro destaque, passando dos R$ 2 mil, o que se ver em poucas as categorias.
A luta começou em maio com o Café dos Trabalhadores no Sindigráficos, definindo diretrizes para a campanha salarial, tendo inclusive pautas mais gerais em defesa da democracia e contra a carestia. Nos meses depois, houve reuniões preparatórias antes da assembleia com os trabalhadores para a definição coletiva da pauta de reivindicação, a qual consistia nesta recuperação salarial e manutenção de todos os direitos convencionados.
O Sindigráficos espera contar com o reconhecimento da categoria com os resultados trazidos nesta campanha salarial marcada pela carestia desse desgoverno de plantão. Desse modo, através da sindicalização em massa, continuará na luta para que todas as empresas cumpram tais conquistas. O sindicato ainda se manterá firme na defesa da pauta de reivindicação em relação à defesa da democracia, que precisa de eleição livre e a volta de Lula na Presidência do Brasil para revogar reformas neoliberais desde o golpe na presidente Dilma, a fim de trazer de volta à industrialização no Brasil, o pleno emprego, valorização salarial e o trabalho decente.