Fundação do Sindicato
Em 25 de maio de 1960, a Associação dos Trabalhadores Gráficos, liderada por Jurandir Marcelo, conquistou o reconhecimento sindical. Desde então, o sindicato tem lutado por direitos trabalhistas, como redução de jornada, melhores salários e condições de trabalho, com marcos importantes como a greve de 1983 e a conquista da cesta básica em 1994. Enfrentando desafios como a modernização do setor, crises econômicas e reformas governamentais, o sindicato se fortaleceu com a aquisição de uma sede social em 2006 e uma colônia de férias em 2011, mantendo-se ativo na defesa dos direitos dos trabalhadores, com campanhas salariais vitoriosas, ações contra irregularidades trabalhistas e mobilizações em defesa da categoria.
Veja a história completa:
No dia 25 de maio de 1960 os trabalhadores, liderados por Jurandir Marcelo, obtiveram oficialmente do Ministério do Trabalho o reconhecimento da Associação dos Trabalhadores Gráficos como sindicato e conquistavam oficialmente o direito de se organizarem e lutarem pelos seus direitos.
Os gráficos entram em greve em Jundiaí e suas principais reivindicações são o aumento nos salários e melhores condições de trabalho. A categoria se mobilizou e trabalhadores de várias gráficas da cidade cruzaram os braços em apoio a luta. A greve se estendeu por uma semana e foi julgada legal.
O início dos anos 90 é marcado por grandes mudanças para classe trabalhadora, O Presidente Fernando Henrique Cardoso com seu projeto neoliberal, ganha as eleições e promove uma grande ofensiva contra direitos trabalhistas. Grandes privatizações são feitas em vários setores como: setor financeiro, setor de energia, telecomunicações e até a Vale do Rio Doce.
Mais uma vez os gráficos de Jundiaí fazem história. Os trabalhadores das empresas Araguaia, Jund Alfa, Globo entre outras paralisaram as atividades e lutaram por aumento salarial e o direito a cesta básica, luta essa que foi vitoriosa e, a principal conquista, foi a cesta básica que passou a ser incorporada na Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria.
Surge uma nova esperança! Um trabalhador metalúrgico, que já era uma grande liderança da classe operária, mais uma vez assume uma árdua missão, concorrer às eleições gerais daquele ano e tirar do poder o governo neoliberal. Lula é eleito no segundo turno e classe trabalhadora volta a sonhar por melhores condições de vida.
Grandes mudanças acontecem no Sindicato dos Gráficos de Jundiaí e Região. Um grupo de diretores assumem o comando do sindicato, com novas propostas e com disposição para começar a reorganizar a luta nas gráficas. Grandes mobilizações são realizadas, contra a mão de obra sem registro em carteira, terceirização ilegal, cooperativas fraudulentas, por melhores condições de trabalho, contra todo tipo de precarização.
Um grande sonho se concretiza nesse ano. A diretoria do Sindicato dos Gráficos de Jundiaí, liderada pelo Presidente Leandro Rodrigues da Silva compram, reformam e inauguram sua nova sede social, um marco de responsabilidade administrativa. Também são inauguradas, as subsedes de Caieiras e logo depois de Cajamar.
O ano ficou marcado pela conquista de mais um sonho. A Diretoria do Sindicato liderada pelo Presidente Leandro Rodrigues da Silva, realizou a aquisição da tão sonhada colônia de férias, localizada em Itanhaém, litoral Sul de SP, pousada batizada como "Recanto dos Gráficos", um espaço amplo e bonito e, além de tudo, muito bem localizado a 50 metros da praia, adaptado para receber os associados, seus dependentes e convidados.
Foi um ano que ficou marcado pela maior campanha salarial já realizada pelo sindicato, que decidiu em assembleia negociar separado da Federação e tocar a campanha individualmente. Ao longo da campanha foram realizadas mais de 60 assembleias nas portas das empresas, que fortaleceram o sindicato e, como resultado, finalizamos com aumento real nos salários e garantia de mais direitos.
O sindicato lançou o Jornal Gráficos na Luta, um jornal em formato germânico bimestral e de oito páginas que visa melhorar a comunicação com os gráficos. A equipe também reformulou seu departamento de notícias, tendo todos os dias uma nova notícia publicada em suas redes.
A classe dominante com o apoio dos EUA dá um golpe parlamentar na Presidente eleita Dilma Rousseff. Na sequência, aprovam no congresso o Projeto “Uma Ponte para o Futuro”, cujo seu principal objetivo seria a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários, além de acabar com projetos sociais e congelar investimentos na saúde e educação.
Esse foi um ano marcado por grandes retrocessos. O atual presidente, usando a desculpa de acabar com o imposto sindical, bem como usando a promessa de geração de emprego, começa articular a Reforma Trabalhista. O sindicato se junta ao movimento sindical e faz campanha contra, participa de todas marchas e protestos, inclusive em Brasília. Ajuda na construção da Greve Geral, mas infelizmente o lobby empresarial foi mais forte que a mobilização dos trabalhadores, vencendo a batalha e aprovando a reforma.
Começa a valer a reforma trabalhista de Temer, várias empresas começam a fazer acordos individuais de banco de horas, implementam jornadas de 12x36 e trabalhadores são trapaceados em suas homologações de verbas rescisórias, pois não era mais obrigado fazê-las nos sindicatos. Seis meses depois, aumenta o desemprego no Brasil, o custo de vida, o combustível e caminhoneiros fazem greve.
O ex-presidente Bolsonaro estingue o Ministério do Trabalho e já começa a articular a Reforma da Previdência. O Sindigráficos adere a luta contra a reforma, denuncia para sua base o risco de retrocessos, participa de protestos, marchas em Brasília, mas a campanha de ódio e mentiras realizadas pela extrema direita é mais forte e a reforma é aprovada, fazendo com que trabalhadores fossem se aposentar em 5 anos tivessem que trabalhar mais 15.
A pandemia de COVID-19 atinge o Brasil chegando a mais de 700 mil mortes. Começa a luta pela vida. A sociedade se mobiliza para salvar vidas. O sindicato monta um Comitê Presencial e permanente para monitorar as empresas. Não fechou suas portas em nem um momento, tomando todos os cuidados com proteção e prevenção. Seus dirigentes e funcionários encaram de frente o problema, realizando uma grande campanha de enfrentamento contra a COVID-19.
Com a chegada do processo eleitoral começa aparecer um sentimento de esperança para muitos e, após uma das campanhas eleitorais mais difíceis e disputas já realizadas no Brasil, o povo elege novamente Luiz Inácio Lula da Silva como Presidente da República. Mesmo com protestos e tentativas de golpe de estado, prevaleceu a democracia e o resultado das urnas.
Com a inflação controlada, bem como a retomada do crescimento econômico, não restaram alternativas para as empresas que tiveram que ceder parcialmente as reivindicações dos trabalhadores. Além disso retomaram as contratações e os investimentos em novos equipamentos. O problema, segundo as empresas, passou a ser a falta da mão de obra qualificada.
Além das questões sociais, o sindicato segue firme na luta, conseguindo renovar todos os acordos coletivos e conquistar outros novos acordos e ainda fechar uma campanha salarial com ganho real em todas as cláusulas econômicas, além da manutenção dos direitos. Seguimos na luta!